sexta-feira, 30 de maio de 2008

Andar de skate é mais do que um esporte

Cristiano Freire
A tribo do skate vem crescendo a cada ano. No Rio de Janeiro, a explicação é muito simples para tal crescimento. O clima, os lugares e as pessoas propiciam a prática do esporte. O skateboard na verdade se tornou um meio de transporte para a população crioca. Mas antes de explicar por quê essa tendência tomou conta da população do rio, é preciso entender a história do Skateboard.
História do SkateBoard
O skate surgiu nos anos 60, na Califórnia, Estados Unidos, inventado por surfistas como uma brincadeira para os dias que o mar estava sem ondas. Eles juntaram as rodinhas dos patins com um shape, e criaram, assim, o skate. Apesar do equipamento precário, o esporte conquistou logo os jovens, que se tornariam os primeiro skatistas. Em 1965 foram fabricados os primeiros skates, juntamente com a organização dos primeiros campeonatos. Nos anos 90, o esporte se consolidou e surgiu o maior skatista de todos os tempos, o norte-americano Tony Hawk. O atleta revolucionou o skate com seus aéreos e flips e trouxe definitivamente novos ares ao skate moderno. Suas manobras são até hoje espelho para os principais skatistas e seu nome já é tema de jogo de vídeo-game. Atualmente os skatistas norte-americanos e brasileiros são os melhores do mundo e os que geralmente ganham a marioria dos campeonatos.
Os grandes nomes Brazucas do esporte
O Brasil conta com dois grandes nomes de destaque: Sandro "Mineirinho" Dias e Bob Burnquist. O tetracampeão mundial Mineirinho é considerado o rei do 540, e foi o terceiro skatista do mundo a acertar a manobra 900º. Bob Burnquist nasceu no Brasil, mas mudou-se aos 13 anos para os Estados Unidos buscando se profissionalizar no skate. O auge de sua carreira foi em 2000, quando conquistou o Münster Monster Mastership e o Circuito Mundial de Skate. O Circuito Brasileiro de Skate Profissional foi inaugurado há 16 anos e realizado pela UBS (União Brasileira de Skate).
A disputa conta com provas passando por estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Brasília, realizadas pela CBSK (Confederação Brasileira de Skate). O Circuito Mundial é organizado pela WCS (World Cup of Skateboarding) e conta com um calendário com provas que passam por países como Canadá, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Estados Unidos e Brasil
Clima ajuda a prática do esporte
Como na Califórnia, o Rio tem clima bom o ano inteiro. A cidade possui ciclovias nos principais pontos turísticos. Adultos e adolescentes compõe a maioria dos praticantes. A cidade é plana e isso facilita a locomoção de um lugar para o outro.
Um novo meio de Transporte
O skate na verdade virou um meio de transporte para os cariocas. Muitos usam para ir a academia, praia, escola, faculdade e até o trabalho. João Dantas é um exemplo disso. “Eu uso o meu skate para tudo. Aonde eu for, vou de skate. Não cansa e ainda aproveito para fazer manobras e curtir as gatinhas do Leblon. Vou pra faculdade e meu estágio nele.”
Outro usuário do skateboard é André Cintra. Ele vai para o trabalho de skate.”Trabalho dois quilômetros de minha casa. É longe para ir andando e perto para ir de carro. De skate quando eu chego, levo comigo e boto de baixo da minha mesa no escritório. No começo ficava com vergonha, mas hoje, vejo muitos fazendo isso.” Assim é correto afirmar que o skateboard se tornou moda na cidade do Rio de Janeiro. Cada vez mais pessoas aderem essa prática como meio de transporte. Por ser um “veículo” barato e de fácil adaptação.








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